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22/10/2012

Sou eu a chamar por ti



A noite adormecia na madrugada
Onde o silêncio sonegava a neblina…
Os charcos se agasalhavam na manta geada
Onde se espelhava a tua imagem cristalina

O bosque verdejante ocultava o teu odor
E as árvores enraizavam-se em tristezas…
No desassossego, margeava rios de amor
Farejando-te nos trilhos das incertezas

Bebi da escuridão a sede de te encontrar
Afincando garras nas tuas pegadas…
Com olhos selvagens fixei-me no teu olhar
Furtando o brilho das estrelas elevadas

Temido por uns e por outros, odiado
Percorri de corpo agastado, florestas tremendas…
No bordado território de terreno pesado
Uivava ventanias trazidas em tormentas

Nos atalhos da bruma em terra insondada
Insubmisso, galguei cercas para te acoitar…
Á distância, abalas de mim na enseada
Encovadas esperanças de te encontrar

Na floresta do mundo acenderei o fogo
E seguirei o teu rasto até ao fim…
Quando ouvires alto, o uivo de um lobo
Lembra-te! … Sou eu a chamar por ti
.
-MANZAS-

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