Total de visualizações de página

23/11/2012

E se a vida fosse uma estrada




Cada um de nós caminha pela vida
como se fosse um viajante que percorre
uma estrada.

Há os que passam pouco tempo caminhando
e os que ficam por longos anos.
Há os que vêem margens floridas e os que
somente enxergam paisagens desertas.

Há os que pisam em macia grama e os que
ferem os pés com pedras pontudas e espinhos.
Há os que viajam em companhias amigas,
assinaladas por risos e alegrias.

E há os que caminham com gente indiferente,
egoísta e má. Há os que caminham sozinhos
e os que vão em grandes grupos.

Há os que viajam com pai e mãe. E os que
estão apenas com os irmãos. Muitos levam
filhos. Outros carregam sobrinhos, tios.

Há quem tenha por companhias marido ou
esposa. Alguns andam apenas com os amigos.
Há quem caminhe com os olhos cheios de
lágrimas e há os que se vão sorridentes.

Mas, mesmo os que riem, mais adiante
poderão chorar. Nessa estrada, nunca se
conheceu alguém que a percorresse inteira
sem derramar uma lágrima.

Pela estrada dessa nossa vida, muitos
caminham com seus próprios pés.
Outros são carregados por empregados
ou parentes.

Alguns vão de carro de luxo, outros em
veículos bem simples. E há os que viajam
a pé.

Há gente branca, negra, amarela. Mas se
olharmos a estrada bem do alto, veremos
que não dá para distinguir ninguém: todos
são iguais.

Alguns trazem bolsas cheias de comida.
Outros levam pedacinhos de pão amanhecidos.
Muitos gostam de repartir o que têm.
Outros dão apenas o que lhes sobra.
Mas muita gente da estrada nem olha para
os viajantes famintos.

Há pessoas que percorrem a estrada sempre
vestidas de seda e cobertas de joias.
Outros vestem farrapos e seguem descalços.

Há crianças, velhos, jovens e casais, mas
quase todos olham para lugares diferentes.

Uma boa parte conta o dinheiro que leva e
há os que sonham que um dia todos da
estrada serão como irmãos.

Entre os sonhadores há os que se dedicam
a dar água e pão, abrigo e remédio aos
viajantes que precisam.

O que é certo mesmo é que quase ninguém
na estrada está satisfeito. A maioria dos
viajantes acha que o vizinho é mais bonito ou
viaja de forma bem mais confortável.

É que na longa estrada da vida, esquecemos
que a estrada terá fim. E, quando ela acabar,
o que teremos?

Carregamos, sim, a experiência aprendida
durante o tempo de estrada e estaremos
muito mais sábios, porque todas as outras
pessoas que vimos no caminho nos
ensinaram algo.

A estrada de nossa existência pode ser bela,
simples, rica, tortuosa. Seja como for, ela é
o melhor caminho para o nosso aprendizado.

Deus nos ofereceu essa estrada porque nela
se encontram as pessoas e situações mais
adequadas para nós.

Assim, siga pela estrada ensolarada. Procure
ver mais flores. Valorize os companheiros de
jornada, reparta as provisões com quem tem
fome.

E, sobretudo, não deixe de caminhar feliz,
com o coração em festa, agradecido a Deus
por ter lhe dado a chance de percorrer esse
caminho de sabedoria.


(desconheço autoria).

Nenhum comentário: