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09/05/2013

Castelos de areia



Não tenho lições para dar sobre o amor,
pois lições eu preciso é tomar.

Ainda não cheguei a esse ponto do amor incondicional,
que se doa e não se magoa por pequenas coisas;
ainda não atingi a maturidade de me dizer que é suficiente
o que sinto e que tudo o mais são detalhes...

Castelos de areia já construí e já os vi desmoronar
sem ter vontade de fazer nada, pois os sonhos que
se apagam acabam por apagar a chama do nosso coração.

Eu me disse muitas vezes que jamais recomeçaria,
pois amar e ter o amor que escorre entre os dedos dói demais,
dói de escurecer o mais lindo dia de sol,
de apagar a mais linda noite de lua.

Mas os sonhos voltam (felizmente!)
e o coração palpita de novo, anseia, espera,
se entrega, apesar das lições recebidas, dos erros cometidos
e de todas as lágrimas derramadas no travesseiro.

Construímos novos castelos e não nos importamos com as ondas,
que virão provavelmente, mas então teremos realmente vivido.

E é assim que sigo: carregada de todas as marcas possíveis,
 com lições que me chegam até a alma como se fossem sempre
coisas novas e na pele as lembranças que jamais me deixarão.

(Letícia Thompson)

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