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24/06/2012

à Noite


 ( Marcus di Philip)

à noite

Tu que escutas as estrelas e conhece
Aquilo que o meu coração não fala,
A quem o mundo diz, quando anoitece,
Em poesias que jamais se esquece,
A minha estranha dor em escutá-la.

Tu que vês como se a nada olhasse
E mais além do que sequer exista...
Que és o elo, ao que morre e nasce,
E as lágrimas que rolam pela face
Das mãos suaves de algum artista.

Oh! Tu, que enfim, silenciosamente,
Fala-me coisas que eu jamais saberia...
Ensina-me a ser como tu, simplesmente,
Que ouvir-te-ei calado e atentamente
Pra ser não o poeta e sim a poesia.



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