15/07/2012

Asas do destino


como eu queria ter asas, para poder voar pra bem longe ou o mais perto do que está distante, iria voar alto, o mais alto que minhas asas pudessem me levar e lá de cima iria gritar na imensidão do azul do céu, gritaria com todas as minhas forças de tal maneira que todos pudessem ouvir o meu clamor e entendessem todo o meu lamento.
Em algum lugar no universo eu encontraria abrigo a sombra de um rochedo ou embaixo da mais bela arvore do mundo, escolheria o lugar mais lindo do mundo e me deitaria solitário admirando o sol ser engolido pelas montanhas, ali faria minha cama com folhas secas ou recostaria minha cabeça na rocha onde mesmo sabendo quão dura ela é, eu estaria seguro de que nada do que eu pensasse poderia ser repassado a ela e meus sonhos e sentimentos ficariam finalmente eternizados no seio de uma rocha.
Queria poder voar mais alto do que a mais forte águia e ver o mundo como ele é, ouvir do alto os gritos dos aflitos e receber no vento o som da batida de cada coração apaixonado. Enquanto meu corpo pairasse no ar como o mais deslumbrante beija-flor, meus sentimento iriam se desfazer em cada batida de minhas asas e toda a angustia ao fim teria chegado.
Mas sou humano e não posso fugir da tormenta que nos aflige, encaramos a vida e a morte em todo momento tendo que optar qual entre as duas será a melhor para nós, infelizmente ou para nossa felicidade, mesmo quando queremos o fim optamos em viver sem importar-nos em como será essa vida que se inicia em nosso ser e nossa alma a cada instante.
Estou certo que asas não terei e voar não poderei. Enquanto puder escolher entre a vida e a morte, sem duvidas viverei. Desistir é para os fracos, persistir é para os teimosos, viver é para todo aquele que acredita que valerá a pena olhar para traz e dizer: Eu fui uma vencedora.

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