É simplesmente um músculo mesquinho
o coração que existe no meu peito.
Por mesquinho, por frágil, por estreito,
não tem espaço para o teu carinho.
Outro, senhora, deve ser o eleito,
alma onde as ilusões procurem ninho,
não eu que não as tenho em meu caminho
para enfeitar-te do noivado o leito.
E vê: sou nobre, e, se quisera ainda,
certo eu pagara essa afeição infinda
com a negra infâmia da cruel mentira...
Mas não. Tua alma que de luz se enflora
na minha, em sombra, seu fulgor sumira . . .
Risca-me pois do coração, senhora.
Medeiros e Albuquerque
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