Quando tu vieres pedir que
eu te ame
Não venhas como o luar que invade a noite
Enchendo de clarão o sobressalto noturno
Penumbra tênue e
recôndito de horas vagas
Quando tu vieres pedir que
te beije
Faça-o calado para que em teus lábios
Pouse
os meus e consiga te fazer sentir o
Poder do meu ser a
procura do teu...
Quando tu vieres pedir que te
acaricie
Não pense que minha caricia é momentânea
Pois
minha intenção é que ela se torne
Uma cicatriz dolorida
de desejo...
Quando tu vieres pedir que eu te
enlouqueça
Não se esqueça de que a loucura de amar
Perpetua o pobre a fazê-lo tornar-se nobre
Glorificando-o
com a maior de todas
as riquezas...
Quando tu vieres pedir que eu enxugue
tuas lágrimas
Quero
antes chorar com você
Denotar a febre que tenho por ti
Fazendo-te sentir o mais elevado devaneio
de amor...
Quando
tu vieres pedir que te esqueças
Satisfaço o teu desejo
como fiel súdito
Que diante de tal proposta vil
submete-se
A obedecer diante de próximo sofrimento...
Mas... mesmo sabendo que diante de você
sou plebeu
Lutarei até
as últimas de minhas forças
Para que te tornes peça
importante do
meu mundo
Que cultivo
com amor sublime...
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