Gosto quando se ausenta
E posso em tudo sentir
Sua presença
Tocar seus livros em silêncio
Lembrar seu riso
E até a ruga de desgosto
Que me apresenta
Quando sou eu a lhe dizer
Não ter saudades
E gosto ainda mais
Quando retorna
Ora cansado, ora feliz,
Com aquele jeito inconfundível
De menino aprendiz
Que muito já conhece a vida
E finge terem essas despedidas
Sabor de liberdade
Gosto quando se ausenta
Porque sei que vai voltar
Trazendo na bagagem
A ânsia de ficar
Seus giros só o fazem
Buscar o meu querer
Correr para os meus braços
Em busca de prazer
E gosto ainda mais
De abrir-lhe a porta
Antes que a chave chegue às suas mãos
Esse é o primeiro passo
Da antiga sedução
De rota infinita
Já desenhada pelo coração
Curvas e retas muito bem traçadas
Alimentadas pelo vai e vem
Pois essa é a forma que utilizamos
Para manter o amor que já pintamos
Com tantas cores
(Marilene)
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