Sempre me senti diferente dos outros. Não mais bonita, não mais
inteligente, não mais especial, não mais esperta, não mais maluca, não
mais legal, apenas diferente. Sou diferente na forma de sentir, tudo que
me toca, me toca fundo. Tudo que me alegra, me alegra muito. Tudo que
me dói, dói forte, corta. Nunca tive muitos freios em matéria de
sentimento. Sempre que eu quis ir, fui. Muito me estrepei. Sempre que
quis falar, falei. Muito me ralei. Aprendi um pouco a calar, a tentar
respirar fundo e pensar.”
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