Sem perceber...
Fechei no silêncio de mim,
As portas do meu ser,
As janelas de minh'alma.
Sem perceber...
O silêncio da solidão,
Vagarosamente,
Absorveu meus sonhos,
Tomando lhes o lugar.
Solidão... Companhia amarga... Fiel.
No silêncio de mim mesma,
Ouvi o sussurro do vento,
Como uma voz querida,
A me chamar...
Os passos das folhas secas,
Como que caminhando,
Em minha direção.
O murmúrio do ribeirinho,
Como que entoando sonatas
Ao luar...
No silêncio de mim...
Ouvi o som da chuva,
Mas...
Eram lágrimas do silêncio.
Tão distante,
Dentro do meu eu,
Não senti que dos meus olhos,
Saiam as lagrimas
Que buscavam acordar-me,
Fazendo cócegas no coração.
No meu silêncio de mim.
Medo de voltar à vida...
Sofrendo a dor da solidão!
Rô Lopes
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