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21/06/2012

SILÊNCIO E O NADA



SILÊNCIO E O NADA
SILÊNCIO E O NADA.
 
Inquieta! Secreta! Repleta de mistérios.
Lá vou eu desvencilhar o obsoleto.
Escrevo algo em palavras dispersas.
 
Não te rimo aqui no meu agora.
Por que tens o cheiro da flor do querubim.
Meu jardim está suspenso temporariamente.
 
Meu silêncio não combina com o inverno.
Nem tão pouco com a dor involuntária.
Frases são efeitos de tabela que invento.
 
Tento esvaziar a mente de coisas frágeis.
Permito o inusitado dos meus gestos.
Soluciono com um beijo o meu calor.
 
Parada! Escuto o nada! Um silêncio se faz.
Absorta fito o escuro! Vejo claramente você.
Meus negativos e minha vida são variáveis.
 
Não tenho músicas, mas danço com o vento.
Adoro meu silêncio! Repito! Silêncio vago.
Eu sinto o vácuo do nada! Eco solitário.
 
Ao longe, há vida, mesmo assim sorrio.
Estou além dessa terra! É preciso raptar-me.
Surrupio a noite! A lua é minha companheira.
 
Não tenho lágrimas, mas tenho o silêncio.
Não tenho dor, tenho saudades de um amor.
O nada me distrai, mas não há nada a fazer.
 
Soraia.

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