A MURALHA
E serás a muralha
Que construíste à tua volta.
E serás a mortalha
Dos sonhos que constróis sem rota.
E queres ser livre,
Mas o aroma assusta pelo seu peso.
E queres que te libertem,
Mas o libertador terá que ficar preso.
E ele será mais muralha,
Numa composição perfeita.
E ele se transformará em tralha,
Porque a muralha tem que ser refeita
Muralha tão perfeita
Que se confunde contigo, a “perfeição”.
A entrada ficou tão estreita,
Como te hão-de chegar ao coração?
(António Viana)
E serás a muralha
Que construíste à tua volta.
E serás a mortalha
Dos sonhos que constróis sem rota.
E queres ser livre,
Mas o aroma assusta pelo seu peso.
E queres que te libertem,
Mas o libertador terá que ficar preso.
E ele será mais muralha,
Numa composição perfeita.
E ele se transformará em tralha,
Porque a muralha tem que ser refeita
Muralha tão perfeita
Que se confunde contigo, a “perfeição”.
A entrada ficou tão estreita,
Como te hão-de chegar ao coração?
(António Viana)
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