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25/10/2012

Talvez


Talvez um dia, fiquemos juntos. Um dia de manhã qualquer, acordar, passar a mão nos teus cabelos e te falar sem pressa que já está na hora de acordar. Te ver indo embora, enquanto estou pensando no que comer com minha cara de preguiça de to
dos os dias. Procurar a chave do carro pela casa enquanto vejo o quanto nossas coisas já se bagunçaram.
Talvez um dia, acorde um pouco mais cedo e saia pra tomar um chocolate lendo um jornal antes de abrir algum projeto. Café é coisa pra se tomar de madrugada. E nesse mesmo jornal, ver como será o dia e acreditar que uma folha de jornal possa me dizer se vai chover ou não, se o maré está alta, se a lua está cheia ou se vai nascer hoje.
Talvez um dia, me torne mais irresponsável. Que não me falte disposição para escolher o caminho mais longo, só pelo fato de ser maior do que imagino, onde o fim não seja um objetivo e que esteja logo na minha frente. Que seja difícil, longo, que chova muita e que inunde as ruas, que me permita ter tempo para decidir se quero ficar ou largar.
Talvez um dia, alguém decida ficar, mesmo naqueles dias que sufocam de tão irremediavelmente cheios e que acabar já é não é a melhor opção. Saber que no meio de semana que só separam tem alguém ocupado, mas que não se incomode em continuar trabalhando com alguém ao lado falando sobre assuntos aleatórios durante quinze minutos.
Talvez um dia, tudo isso aconteça.
Talvez um dia, eu abra mão de tudo isso.
E escreva novos desejos.

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