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07/08/2013

Quem ama nunca se sente só

Quem ama nunca se sente só. Quando está longe de quem ama,
o que sente é estranheza: estranha que ela não esteja presente
e, ainda assim, lhe sinta o cheiro.
O cheiro é a cola dos amados, que os une com espaço no meio:
quando só falta a pele, quando há falta de toque, não há solidão;
há sim a memória de um abraço.
Quem ama cheira na cútis, que, por defeito do tempo, se ausenta.
(E quase jura que o peito tem o seu peito junto.
E quase jura que, nas costas, tem as suas mãos.)
Por isso tanto suspira quem ama;
suspirar é respirar o cheiro de quem se ama.

_©Sérgio Lizardo_

*_* TOM *_*

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