Total de visualizações de página

24/11/2012

amor.

Nas sedas vazias me inflamo de amor.

Mas as sedas vazias...
Tão frias
Não sabem da dor.
Ofereço o amor numa taça
Ao sonho feito de lágrimas de sal.
A esperança não conhece o mal
E sem saber me engana, induz.
Pensa com cérebro abstrato.
Faz- me um trato:
- Sonhe mais que teu amor seduz!
Seria ela dissimulada?
Porque no íntimo eu a escuto:
-Não sonhe nada.
As sedas vazias forram minha cama.
Olho no espelho a mulher que ama.
Ela me sorri com os meus lábios.
No teu peito é o meu coração que bate.
Meio mansa e meio louca...
Ri de si e grita com voz rouca:
-Sai de mim ou vem de vez!
Não suporto o que a vida fez!
Tantas sedas vazias,
Frias...
Deito nos meus travesseiros de plumas,
Macios...
De ti vazios.
Assim como as sedas frias.
Minha roupa descansa, sem mim, sobre a cadeira.
Também são de sedas...
Desta maneira,
Assim tão nua,
Durmo abençoada sob a lua.
( Mariléa Rezende )

Nenhum comentário: