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24/11/2012

LEVE



Leve,
é leve como neve,
O breve
desejo,

Sem pausa
ou greve.
Quem se atreve?
A ver o peso,
o preço,
o eixo central,
do apreço
sem fim.

Arde tal mel,
Dói que nem carinho,
Voa como bronze,
por inexistente céu,
de fevereiro.
Voa colibri,
bala de anis,
O bem que se quis;
Todos balões,
seduções,
seduzir
sem fim,
Evitam choques,
toques, dos jasmins.

Finda antes,
finda ainda,
Amarelo, tarde,
Cauteloso,
Sem alarde.
ouve o canto
da sirene,
da sereia,
a valsa de Viena,
lamento da carpideira,
à beira de um ataque de nervos.
Próximo ao insano,
Ceia sem dono,
Razão primeira,
Motivo último
Multiplica-se...

As veias cheias
de verde sangue,
Clorofila vermelha,
Lambe as sandálias
da diva,
das dálias carentes,
Deusas mortas...

Amplidão,
Profundidade,
Capacidade
Vácuo. Vago
por cais seguro,
Porto firme
Afirma o tempo,
consente o farol
da costeira,
em vão!

Por da lua,
ais, sussurros,
Perdidos na rua,
entornam mercúrio,
Leite dietético,
Patético leito,
Delírios,
Prazeres,
amares.
Um sim com certeza
À rota das estrelas,
A nobreza à vê-las,
Leves...
Sorver os lábios,
sugar hábeis,
ápices dos beijos,
Unos, úmidos,
Humus da perdição...
Leve, vira neve,
Nasce breve,
Promessa?
Como pesa
o peso
Da paixão...

[gustavo drummond]

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