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14/06/2012

Estação (des)colorida



És uma roseira florida
Num jardim azul e rosa
Das cores dos teus rebentos
Brotam flores perfumadas
Cheias de vida graciosa
Com ternos movimentos
Voam de asas abertas
E em inocentes fantasias
Dançam como as borboletas
Ao som de alegres melodias
Nesta azáfama e correria
Não deste pela chegada do vento
Que veio podar-te os rebentos
Varrendo as pétalas da alegria
És roseira que perdeu a seiva
E na inesperada melancolia
Mergulhas na secura desguarnecida
Murcham-te as folhas
Despes o vestido
(Que é traje dos dias de festa)
Ficas nua e só
Com os espinhos
Na estação descolorida

  A sonhar com a Primavera
camila.

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