Maria das Neves Alves Braga
Se um dia quiseres
Saber da agonia
Que vive em meu peito,
Sem falhar um dia;
Se queres ouvir
O que tenho sofrido,
Nas asas cinzentas
Dum pranto assim,
Pergunta, amado,
Indaga de mim!
Enquanto em meu rosto
Brilhava a alegria,
E em meu semblante
O encanto floria;
Quando eu era bela,
Sorrindo , dizias,
Que o meu doce beijo
Sabia a jasmim...
Pergunta, amado,
Indaga de mim!
Hoje as minhas tranças
Que eram de azeviche,
Estão cor de prata,
Alvas, como a neve;
E a minha voz,
Clara e argentina,
Agora é cansada,
E a nada se atreve;
Se estás junto à outra,
Em rico festim,
Pergunta, amado...
Indaga de mim!
Contaram-me que vives
Em estranhos braços,
E já nem te lembras
Deste amor sem fim...
Mas se ainda quiseres
Um último beijo,
Pergunta, amado,
Indaga de mim!
Saber da agonia
Que vive em meu peito,
Sem falhar um dia;
Se queres ouvir
O que tenho sofrido,
Nas asas cinzentas
Dum pranto assim,
Pergunta, amado,
Indaga de mim!
Enquanto em meu rosto
Brilhava a alegria,
E em meu semblante
O encanto floria;
Quando eu era bela,
Sorrindo , dizias,
Que o meu doce beijo
Sabia a jasmim...
Pergunta, amado,
Indaga de mim!
Hoje as minhas tranças
Que eram de azeviche,
Estão cor de prata,
Alvas, como a neve;
E a minha voz,
Clara e argentina,
Agora é cansada,
E a nada se atreve;
Se estás junto à outra,
Em rico festim,
Pergunta, amado...
Indaga de mim!
Contaram-me que vives
Em estranhos braços,
E já nem te lembras
Deste amor sem fim...
Mas se ainda quiseres
Um último beijo,
Pergunta, amado,
Indaga de mim!
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