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27/06/2012

AS Três Peneiras

                               

“Dona Margarida começou a trabalhar na Fazenda Suzano como apanhadeira de café. Para fazer média com o capataz, logo no primeiro dia, saiu com essa:
 – Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito da Zefinha ... Nem chegou a terminar a frase e o Seu Lico, o capataz, apartou: 
 – Espere um pouco, Dona Margarida. O que vai me contar já passou pelas três peneiras? – Peneiras ? Que peneiras, Seu Lico?
 – A primeira é a da VERDADE. Tem certeza de que o fato é absolutamente verdadeiro? 
– Não, como posso ? O que sei foi o que me contaram, mas acho que ... 
– Então sua história já vazou na primeira peneira.
 – Vamos à segunda, que é a da BONDADE. O que vai me contar é alguma coisa que gostaria que os outros dissessem a seu respeito?
 – Claro que não! Deus me livre! – Então esta história vazou na segunda peneira. Vamos ver a terceira que é a da NECESSIDADE. A senhora acha mesmo necessário contar-me esse fato ou mesmo passá-lo adiante? Não, chefe. Passando por essas três peneiras vi que não sobrou nada do que eu ia contar.
” Já pensaram como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem sempre essas três peneiras?
 Da próxima vez que surgir um boato por aí, passem-no nas TRÊS PENEIRAS antes de obedecer ao impulso de passá-lo adiante.
(Arlinda Trindade)

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