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01/06/2012

Soneto Puro

Ledo Ivo
                                          https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7rps3WVfSvY8cHjv4sS9IUR8IScR1ds4SWiuJhgMNBUnQnz0j1fxXqLPSUgL5dB9V_VFUsro3N1A3xOFbYgWKpyYrtXHoHEYx6RgiyKlrdT2l0kxonpGlWJ1Qfjhx0wOSCv61KEnJrWQ/s1600/AMOR.jpg
Fique o amor onde está; seu movimento nas equações marítimas se inspire para que, feito o mar, não se retire de verdes áreas de seu vão lamento. Seja o amor como a vaga ao vago intento de ser colhida em mãos; nela se mire e, fiel ao seu fulcro, não admire as enganosas rotações do vento. Como o centro de tudo, não se afaste da razão de si mesmo, e se contente em luzir para o lume que o ensolara. Seja o amor como o tempo – não se gaste e, se gasto, renasça, noite clara que acolhe a treva, e é clara novamente.

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