Sinto o mar em prantos
Mas se alegra como eu na esperança
Vejo as ondas que vieram do passado
São tristes e alegres como criança
Há trechos que são poluídos
Por dúvidas, angústias, desejos e ânsias
No horizonte vejo outros fluídos
Há luz, nuvens coloridas e ondas mansas
Vejo na água que lavra a areia
O pescador no barco que mareia
Busca nas águas límpidas
A paixão de suas investidas
O mar filosofa, na vida, seu cotidiano
É singular na emoção e no olhar
É coletivo na afeição do poetar
Mas sintético na forma de humano
Sinto o mar em prantos
Com muita calma escolhe sua rima
Quando reclama levanta sua crina
Emite sons e agiganta seus recados
Vejo o mar a vida que repassa
Dançando ao ritmo do meu coração
Ninguém me escuta, mas chamo atenção
Escrevo a canção, na onda que passa
Carlo Magno
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